O OMBRO CONGELOU? GUIA COMPLETO DA SÍNDROME DO OMBRO CONGELADO

OMBRO CONGELADO: Entenda a Capsulite Adesiva e como tratar a limitação de movimento.

A síndrome do ombro congelado, ou capsulite adesiva, é uma condição inflamatória dolorosa que afeta a articulação do ombro, causando rigidez e limitação significativa do movimento. Essa condição pode durar mais de três meses e se desenvolve de forma insidiosa. O ombro congelado é marcado pela fibrose da cápsula articular glenoumeral, resultando em perda progressiva de mobilidade, especialmente da rotação externa.

Entenda a Prevalência, Mecanismos e Alterações Celulares da Síndrome do Ombro Congelado.

A capsulite adesiva é geralmente descrita como uma contratura fibrótica e inflamatória da cápsula e ligamentos do ombro. A inflamação sinovial mediada por citocinas e a proliferação fibroblástica são responsáveis pela formação de aderências, que limitam o movimento da articulação.

A síndrome do ombro congelado afeta até 5% da população, sendo quatro vezes mais comum em mulheres do que em homens. O ombro não dominante é mais frequentemente afetado.

Embora a causa exata da síndrome do ombro congelado ainda não seja completamente compreendida, diversos fatores de risco são conhecidos:

Diabetes Mellitus: Aproximadamente 20% dos diabéticos podem desenvolver essa condição.

Acidente Vascular Cerebral (AVC): Pacientes que sofreram um AVC têm maior risco.

Distúrbios da Tireoide: Hipotireoidismo é um dos fatores associados.

Lesões no Ombro: Traumas ou cirurgias podem precipitar o desenvolvimento da capsulite.

Outros Fatores: Doença de Dupuytren, doença de Parkinson e câncer também foram identificados como fatores de risco.

Os pacientes com ombro congelado geralmente apresentam:

  • Dor unilateral: Início súbito, localizado na parte anterior do ombro.
  • Restrição do movimento: Progressiva, afetando tanto os movimentos ativos quanto passivos, especialmente a rotação externa.
  • Interferência nas atividades diárias: Como vestir-se e realizar a higiene pessoal.

DIAGNÓSTICO

O diagnóstico é essencialmente clínico, baseado na história do paciente e no exame físico. Exames de imagem, como ultrassonografia de alta resolução, podem ser usados para descartar outras condições e avaliar a espessura do ligamento coracoumeral e a presença de efusão peritendinosa.

TRATAMENTO

O tratamento da síndrome do ombro congelado varia de acordo com o estágio da doença:

Fase Inicial (Freezing):
O objetivo é controlar a dor e reduzir a inflamação com analgésicos e anti-inflamatórios não esteroides (AINEs). A fisioterapia desempenha um papel crucial na restauração da mobilidade do ombro.

Fase Avançada (Frozen e Thawing):
Envolve exercícios de mobilização mais intensivos. Em casos refratários, tratamentos invasivos como bloqueio nervoso, dilatação capsular e liberação capsular artroscópica podem ser considerados.

A recuperação da síndrome do ombro congelado pode levar de 1 a 3 anos. A maioria dos pacientes recupera a função do ombro, embora alguns possam apresentar rigidez residual. 
Entre as complicações mais comuns estão dor residual, rigidez e, em raros casos, fratura do úmero ou ruptura do tendão do bíceps após manipulação do ombro.

CONCLUSÃO

A síndrome do ombro congelado é uma condição dolorosa e limitante, mas, com um diagnóstico preciso e tratamento adequado, a maioria dos pacientes alcança uma recuperação satisfatória. A colaboração entre ortopedistas, fisioterapeutas e outros profissionais de saúde é essencial para o manejo eficaz dessa condição.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Mezian K, Coffey R, Chang K-V. Frozen Shoulder. StatPearls [Internet]. Treasure Island (FL): StatPearls Publishing; 2023. Disponível em: NCBI Bookshelf.

DESCONFORTO NO COTOVELO AO FLEXIONAR O PUNHO? PODE SER EPICONDILITE MEDIAL!

A epicondilite medial, também conhecida como “cotovelo de golfista”, é uma condição que causa dor na parte interna do cotovelo. Essa dor é resultado de uma tendinose crônica nos músculos flexores e pronadores do antebraço que se prendem ao epicôndilo medial do úmero. A condição é comum entre atletas que realizam movimentos repetitivos do antebraço, como tenistas, golfistas e arremessadores, mas também pode afetar pessoas que desempenham atividades repetitivas no trabalho.

O QUE É A ESPICONDILITE MEDIAL?

A epicondilite medial ocorre devido à degeneração crônica dos tendões que se ligam ao epicôndilo medial, uma saliência óssea na parte interna do cotovelo. Diferente do que o nome sugere, essa condição não é inflamatória, mas sim degenerativa, caracterizada por microlesões repetitivas que não cicatrizam adequadamente.

CAUSAS

A principal causa da epicondilite medial é a sobrecarga e o uso excessivo dos músculos e tendões do antebraço. Movimentos repetitivos, especialmente aqueles que envolvem flexão do punho e pronação do antebraço, são os principais responsáveis. Os grupos mais afetados incluem:

Atletas: Tenistas, golfistas, arremessadores.

Trabalhadores: Carpinteiros, açougueiros, cozinheiros.

Pessoas que realizam atividades manuais repetitivas.

SINTOMAS

Dor na parte interna do cotovelo: Pode irradiar para o antebraço.

Sensibilidade ao toque: Na região do epicôndilo medial.

Dor ao realizar movimentos de flexão do punho e pronação do antebraço.

Fraqueza no punho: Dificuldade para segurar objetos.

DIAGNÓSTICO

Histórico médico detalhado: Para identificar atividades que possam ter causado a condição.

Exame físico: Verificação da presença de dor ao pressionar o epicôndilo medial e ao realizar movimentos específicos do punho e antebraço.

Exames de imagem: Como radiografias e ressonância magnética, para descartar outras condições e confirmar o diagnóstico.

TRATAMENTOS

Tratamento Não Cirúrgico
A maioria dos casos de epicondilite medial pode ser tratada com sucesso através de métodos não cirúrgicos, que incluem:

  • Repouso: Evitar atividades que causam dor para permitir que o tendão cicatrize.
  • Gelo: Aplicar gelo na área afetada para reduzir a dor e o inchaço.
  • Medicamentos: Analgésicos e anti-inflamatórios podem ajudar a controlar a dor, mas é importante lembrar que, nesse caso, os medicamentos ajudam a aliviar os sintomas, mas não tratam a causa subjacente.
  • Fisioterapia: Exercícios específicos para alongar e fortalecer os músculos do antebraço.
  • Órteses: Uso de órteses para limitar os movimentos que provocam dor.
  • Injeções: Injeções de corticosteroides podem ser usadas para alívio a curto prazo da dor, mas seu uso prolongado não é recomendado.

Tratamento Cirúrgico
A cirurgia é considerada apenas quando os métodos não cirúrgicos falham após um período de 6 a 12 meses. Os procedimentos cirúrgicos incluem:

  • Desbridamento do Tendão Degenerado: Remoção do tecido danificado para promover a cicatrização.
  • Reparo do Tendão: Reconstrução do tendão afetado.
  • Transposição do Nervo Ulnar: Em casos onde há neuropatia ulnar associada, o nervo pode ser reposicionado para aliviar a pressão.

PROAGNÓSTICO E PREVENÇÃO

Com o tratamento adequado, a maioria das pessoas com epicondilite medial consegue recuperar a função normal do cotovelo e retomar suas atividades. No entanto, é essencial seguir um programa de reabilitação contínuo para prevenir recidivas. Modificações nas técnicas de esporte e no ambiente de trabalho, além do fortalecimento muscular, são cruciais para evitar o retorno dos sintomas.

CONCLUSÃO

A epicondilite medial é uma condição comum que causa dor e desconforto significativos, mas pode ser tratada com sucesso na maioria dos casos através de métodos não cirúrgicos. Em situações onde a cirurgia é necessária, as técnicas disponíveis são eficazes para restaurar a função e aliviar a dor. A prevenção, por meio de modificações nas atividades diárias e fortalecimento muscular, é fundamental para evitar a recidiva da condição.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Reece, C. L., Li, D. D., & Susmarski, A. J. (2024). Medial Epicondylitis. StatPearls [Internet]. Treasure Island (FL): StatPearls Publishing.

DESCONFORTO NO COTOVELO? ENTENDA A EPICONDILITE LATERAL

O QUE É A EPICONDILITE LATERAL?

A epicondilite lateral, popularmente conhecida como “cotovelo de tenista”, é uma condição que causa dor no lado externo do cotovelo. Essa dor surge devido ao uso excessivo dos tendões que se ligam ao epicôndilo lateral, uma parte óssea do cotovelo. Embora seja chamada de “cotovelo de tenista”, não é necessário ser um atleta para desenvolver essa condição.

CAUSAS E FATORES DE RISCO

A principal causa da epicondilite lateral é a repetição de certos movimentos que sobrecarregam os tendões do cotovelo.

Fatores que aumentam o risco incluem:

Movimentos Repetitivos:
Atividades que exigem o uso repetitivo do braço e punho, como jogar tênis, pintar ou trabalhar com ferramentas.

Idade:
Pessoas entre 30 e 50 anos são mais suscetíveis a desenvolver a condição.

Ocupação:
Profissionais que utilizam frequentemente os músculos do antebraço, como carpinteiros, encanadores e digitadores, têm maior risco.

SINTOMAS

Dor no Cotovelo:
Dor ou sensação de queimação no lado externo do cotovelo, que pode irradiar pelo antebraço.

Fraqueza no Antebraço:
Dificuldade para segurar objetos ou realizar tarefas simples, como girar uma chave ou apertar a mão.

DIAGNÓSTICO

O diagnóstico é feito através de um exame físico detalhado e análise do histórico do paciente. O médico pode solicitar exames de imagem, como radiografias ou ressonância magnética, para descartar outras condições e avaliar a gravidade da lesão.

TRATAMENTO CONSERVADOR

Descanso: Evitar atividades que causam dor.

Gelo: Aplicar gelo no cotovelo para reduzir a inflamação.

Fisioterapia: Exercícios específicos para alongar e fortalecer os músculos do antebraço.

Órteses: Uso de cintas ou faixas no antebraço para reduzir a carga nos tendões.

Medicamentos:
Analgésicos e anti-inflamatórios para aliviar a dor e a inflamação.
Os medicamentos ajudam a controlar os sintomas, mas não tratam a causa subjacente da epicondilite lateral. Para uma recuperação completa, é essencial combinar o uso de medicamentos com outras formas de tratamento, como fisioterapia e mudanças nos hábitos diários.

TRATAMENTO CIRÚRGICO

Se o tratamento conservador não aliviar os sintomas após seis a doze meses, a cirurgia pode ser uma opção. O procedimento geralmente envolve a remoção do tecido danificado e a reparação dos tendões.

PROAGNÓSTICO

Com o tratamento adequado, a maioria das pessoas se recupera completamente da epicondilite lateral. A chave para a recuperação é seguir as orientações médicas e modificar atividades para evitar a repetição dos movimentos que causaram a lesão.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A epicondilite lateral é uma condição dolorosa, mas tratável. Com um diagnóstico precoce e um plano de tratamento adequado, a maioria das pessoas pode esperar uma recuperação completa. Se você sentir dor persistente no cotovelo, é essencial consultar um profissional de saúde para avaliação e tratamento.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Buchanan BK, Varacallo M. Lateral Epicondylitis (Tennis Elbow). StatPearls. 2023.

INCHAÇO E DOR NO COTOVELO? SAIBA TUDO SOBRE A BURSITE OLECRANIANA

O QUE É A BURSITE OLECRANIANA?

BURSITE OLECRANIANA: CAUSAS, SINTOMAS E TRATAMENTOS.

Se você está enfrentando inchaço e dor no cotovelo, pode estar sofrendo de bursite olecraniana. Esta condição é uma inflamação da bursa do olécrano, uma pequena bolsa cheia de líquido localizada na ponta do cotovelo. Além de causar desconforto, a bursite pode limitar sua mobilidade. Dependendo da presença ou ausência de infecção, a bursite olecraniana pode ser classificada como séptica ou asséptica.

COMO A BURSITE OLECRANIANA OCORRE?

A bursa do olécrano serve como uma estrutura sinovial que facilita o deslizamento entre o olécrano (ponta do cotovelo) e a pele sobrejacente. Devido à sua localização subcutânea, essa bursa é altamente suscetível à pressão, traumas, infecções e condições inflamatórias.

PRINCIPAIS CAUSAS DA BURSITE OLECRANIANA

  • Trauma Direto:
    Golpes repetidos ou quedas sobre o cotovelo inflamam a bursa. Pequenos cortes ou arranhões na pele também podem resultar em infecção.
  • Pressão Prolongada: Frequentemente apoiar-se sobre os cotovelos, como em trabalhos manuais ou ao estudar, pode irritar a bursa.
  • Infecções:
    A infecção da bursa, chamada bursite séptica, geralmente é causada por bactérias como Staphylococcus aureus.

Condições Médicas Subjacentes: Doenças inflamatórias como gota, artrite reumatoide e hemodiálise prolongada podem predispor à bursite olecraniana. Além disso, anomalias estruturais, como um olécrano proeminente ou esporão ósseo, também podem estar associadas à condição.

COMO É FEITO O DIAGNÓSTICO DA BURSITE OLECRANIANA?

Histórico Clínico e Exame Físico: Primeiramente, sintomas como dor, inchaço e sensibilidade na ponta do cotovelo são indicativos de bursite. Avaliar o histórico do paciente, incluindo traumas, infecções recentes ou condições inflamatórias, ajuda a identificar a causa subjacente.

Exames de Imagem:
Radiografias são usadas para descartar outras patologias ósseas. Por outro lado, a ultrassonografia pode ser utilizada para visualizar o líquido acumulado na bursa.

Aspiração e Análise do Líquido da Bursa:
A aspiração do líquido da bursa permite a realização de uma análise laboratorial. A presença de pus indica bursite séptica, enquanto a ausência de infecção sugere bursite asséptica.

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OPÇÕES DE TRATAMENTO PARA A BURSITE OLECRANIANA

Tratamento da Bursite Asséptica:

  • Medidas Conservadoras: É recomendado evitar a pressão sobre o cotovelo, utilizar compressas e manter o cotovelo elevado.
  • Aspiração: A remoção do líquido acumulado pode aliviar a dor e o inchaço.

Tratamento da Bursite Séptica:

  • Antibióticos: Devem ser utilizados para tratar a infecção, com base no organismo causador identificado na análise do líquido.
  • Aspiração e Drenagem: A remoção repetida do líquido infectado pode ser necessária para controlar a infecção.
  • Incisão e Drenagem: Para casos onde a bursite séptica não responde à aspiração e antibióticos, pode ser necessária a drenagem cirúrgica.

QUANDO É NECESSÁRIIO A CIRURGIA?

Se o tratamento não cirúrgico falhar.

Bursectomia Artroscópica:
A remoção da bursa inflamada é realizada através de pequenas incisões utilizando um artroscópio. Esse procedimento minimamente invasivo oferece vantagens como menor tempo de recuperação, menos dor pós-operatória e menores riscos de complicações comparado às cirurgias abertas.

Bursectomia Aberta:
Em casos complicados por infecção ou recorrência, pode ser necessária a remoção da bursa através de uma incisão maior. Embora esse método possa ter um tempo de recuperação mais longo e maior risco de complicações, ele pode ser essencial para garantir a remoção completa da bursa inflamada ou infectada.

QUAIS SÃO OS RESULTADOS E COMPLICAÇÕES POSSÍVEIS?

Uma revisão sistemática que incluiu 29 estudos e 1.278 pacientes revelou que a bursite olecraniana asséptica está associada a uma taxa de complicações maior (11,3%) em comparação com a bursite séptica (6,1%). Além disso, complicações foram mais frequentes em pacientes tratados cirurgicamente (25,2%) em comparação com os tratados de forma não cirúrgica (12,7%). As complicações também foram mais comuns em pacientes que receberam injeções de corticosteroides (19,5%) para bursite asséptica do que naqueles que não receberam (8,5%).

CONCLUSÃO

A bursite olecraniana é uma condição comum que pode causar dor e desconforto significativos. Entender as causas, obter um diagnóstico preciso e seguir o tratamento adequado são essenciais para o manejo eficaz dessa condição. O tratamento não cirúrgico deve ser a primeira linha de abordagem para bursite asséptica, dado o risco relativamente elevado de complicações com intervenções mais agressivas. A intervenção cirúrgica deve ser reservada para casos que não respondem ao manejo conservador. É fundamental que os pacientes busquem avaliação médica ao apresentar sintomas de bursite olecraniana para determinar o tratamento mais adequado e evitar complicações.

REFERÊNCIAS BIBIOGRÁFICAS

Sayegh, E. T., & Strauch, R. J. (2014). Treatment of olecranon bursitis: a systematic review. Springer-Verlag Berlin Heidelberg.

 

Dores no Pescoço e Formigamento no Braço? Conheça a Síndrome do Desfiladeiro Torácico

Se você sente dores de cabeça ou dores no pescoço associadas a formigamento no braço e na mão, esses sintomas podem ser indicativos da Síndrome do Desfiladeiro Torácico (SDT).

Essa condição afeta os nervos e vasos sanguíneos na região do pescoço e ombro, causando desconforto e comprometendo a funcionalidade.

O QUE SÃO NERVOS
E COMO A COMPRESSÃO CAUSA DOR

Os nervos são estruturas essenciais que transmitem sinais elétricos entre o cérebro e o corpo, possibilitando movimento e sensação.
A compressão de um nervo pode resultar em dor, parestesia (sensações anormais como formigamento) e fraqueza muscular. Essa compressão pode ocorrer em várias regiões do corpo, incluindo o desfiladeiro torácico.

O QUE É A SÍNDROME DO DESFILADEIRO TORÁCICO?

A SDT ocorre devido à compressão dos nervos ou vasos sanguíneos na região do desfiladeiro torácico, que é a passagem entre o pescoço e o ombro. Essa compressão pode ser causada por traumas, má postura, movimentos repetitivos e anomalias anatômicas, como a presença de costelas cervicais.

CAUSAS DA SÍNDROME DO DESFILADEIRO TORÁCICO

Diversos fatores podem levar ao desenvolvimento da SDT, que podem ser classificados em três categorias principais:

  • CONGÊNITAS: Anomalias como costelas cervicais, presentes em 0,5% a 1% da população, podem contribuir para a SDT.
  • ATIVIDADES REPETITIVAS: Trabalhos que envolvem longas horas de digitação ou outras atividades repetitivas podem causar inflamação e compressão dos nervos e vasos sanguíneos.
  • TRAUMAS AGUDOS: Lesões por hiperextensão do pescoço, como o “efeito chicote” em acidentes de carro, ou quedas e acidentes esportivos podem resultar em SDT.

SINTOMAS DA SÍNDROME DO DESFILADEIRO TORÁCICO

Os sintomas da SDT variam conforme a estrutura comprimida, mas geralmente incluem:

  • DOR: Presente no pescoço, ombro, braço e mão, podendo ser descrita como queimação, dor aguda ou dor persistente.
  • PARESTESIA: Formigamento ou dormência que pode afetar todos os dedos ou apenas alguns, frequentemente os dedos anelar e mínimo.
  • FRAQUEZA: Dificuldade para segurar objetos, sensação de “morte” no braço e queda de objetos das mãos.

SINTOMAS DA SÍNDROME DO DESFILADEIRO TORÁCICO

Na SDT, a compressão dos nervos ocorre na região do desfiladeiro torácico devido a:

  • COSTELA CERVICAL: Uma anomalia congênita presente em menos de 1% da população, causando compressão dos nervos e vasos sanguíneos.
  • MÚSCULOS ESCALENOS: A compressão pode ocorrer entre os músculos escalenos no triângulo escaleno. Músculos hipertrofiados ou tensos podem comprimir as estruturas neurovasculares.

DIAGNÓSTICO DA SÍNDROME DO DESFILADEIRO TORÁCICO

O diagnóstico da SDT é realizado por meio de um exame físico detalhado, incluindo testes específicos para detectar a compressão nervosa, como o teste de tensão do membro superior e o teste de estresse do braço elevado. Exames de imagem, como raio-x, tomografia computadorizada e ressonância magnética, são utilizados para avaliar melhor as estruturas anatômicas e confirmar o diagnóstico.

TRATAMENTO DA SÍNDROME DO DESFILADEIRO TORÁCICO

TRATAMENTO CONSERVADOR

O tratamento conservador é geralmente a primeira abordagem para a SDT, envolvendo:

  • FISIOTERAPIA: Exercícios específicos para fortalecer os músculos do ombro e melhorar a postura, aliviando a compressão.
  • MUDANÇAS NO ESTILO DE VIDA: A prática regular de exercícios físicos e atividades que melhoram a postura e aumentam a flexibilidade são essenciais.

 

TRATAMENTO CIRÚRGICO

A cirurgia é considerada em casos graves ou quando o tratamento conservador não proporciona alívio. As indicações para cirurgia incluem:

  • PERSISTÊNCIA DOS SINTOMAS: Quando os sintomas não melhoram após vários meses de tratamento conservador.
  • SINTOMAS NEUROLÓGICOS PROGRESSIVOS: Casos com progressão dos sintomas neurológicos podem necessitar de intervenção cirúrgica.

Os tipos de cirurgia incluem:

  • LIBERAÇÃO DE COSTELA CERVICAL: Remoção de uma costela cervical ou estruturas fibrosas anômalas.
  • RESSECÇÃO DA PRIMEIRA COSTELA: Remoção da primeira costela para ampliar o espaço do desfiladeiro torácico.
  • ESCALENECTOMIA: Remoção parcial dos músculos escalenos.

Essas cirurgias visam descomprimir a área afetada e melhorar os sintomas, proporcionando uma melhor qualidade de vida ao paciente.

CONCLUSÃO

Se você está enfrentando sintomas como dor, formigamento ou fraqueza no braço, especialmente se trabalha muitas horas digitando, é possível que esteja sofrendo da Síndrome do Desfiladeiro Torácico. Procurar um ortopedista para um diagnóstico preciso e discutir as opções de tratamento mais adequadas é essencial para evitar complicações e melhorar sua qualidade de vida.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Sanders, R. J., & Hammond, S. L. (2015). Thoracic outlet and pectoralis minor syndromes. Seminars in Vascular Surgery, 27(2), 86-117.