DESCONFORTO NO COTOVELO AO FLEXIONAR O PUNHO? PODE SER EPICONDILITE MEDIAL!

A epicondilite medial, também conhecida como “cotovelo de golfista”, é uma condição que causa dor na parte interna do cotovelo. Essa dor é resultado de uma tendinose crônica nos músculos flexores e pronadores do antebraço que se prendem ao epicôndilo medial do úmero. A condição é comum entre atletas que realizam movimentos repetitivos do antebraço, como tenistas, golfistas e arremessadores, mas também pode afetar pessoas que desempenham atividades repetitivas no trabalho.

O QUE É A ESPICONDILITE MEDIAL?

A epicondilite medial ocorre devido à degeneração crônica dos tendões que se ligam ao epicôndilo medial, uma saliência óssea na parte interna do cotovelo. Diferente do que o nome sugere, essa condição não é inflamatória, mas sim degenerativa, caracterizada por microlesões repetitivas que não cicatrizam adequadamente.

CAUSAS

A principal causa da epicondilite medial é a sobrecarga e o uso excessivo dos músculos e tendões do antebraço. Movimentos repetitivos, especialmente aqueles que envolvem flexão do punho e pronação do antebraço, são os principais responsáveis. Os grupos mais afetados incluem:

Atletas: Tenistas, golfistas, arremessadores.

Trabalhadores: Carpinteiros, açougueiros, cozinheiros.

Pessoas que realizam atividades manuais repetitivas.

SINTOMAS

Dor na parte interna do cotovelo: Pode irradiar para o antebraço.

Sensibilidade ao toque: Na região do epicôndilo medial.

Dor ao realizar movimentos de flexão do punho e pronação do antebraço.

Fraqueza no punho: Dificuldade para segurar objetos.

DIAGNÓSTICO

Histórico médico detalhado: Para identificar atividades que possam ter causado a condição.

Exame físico: Verificação da presença de dor ao pressionar o epicôndilo medial e ao realizar movimentos específicos do punho e antebraço.

Exames de imagem: Como radiografias e ressonância magnética, para descartar outras condições e confirmar o diagnóstico.

TRATAMENTOS

Tratamento Não Cirúrgico
A maioria dos casos de epicondilite medial pode ser tratada com sucesso através de métodos não cirúrgicos, que incluem:

  • Repouso: Evitar atividades que causam dor para permitir que o tendão cicatrize.
  • Gelo: Aplicar gelo na área afetada para reduzir a dor e o inchaço.
  • Medicamentos: Analgésicos e anti-inflamatórios podem ajudar a controlar a dor, mas é importante lembrar que, nesse caso, os medicamentos ajudam a aliviar os sintomas, mas não tratam a causa subjacente.
  • Fisioterapia: Exercícios específicos para alongar e fortalecer os músculos do antebraço.
  • Órteses: Uso de órteses para limitar os movimentos que provocam dor.
  • Injeções: Injeções de corticosteroides podem ser usadas para alívio a curto prazo da dor, mas seu uso prolongado não é recomendado.

Tratamento Cirúrgico
A cirurgia é considerada apenas quando os métodos não cirúrgicos falham após um período de 6 a 12 meses. Os procedimentos cirúrgicos incluem:

  • Desbridamento do Tendão Degenerado: Remoção do tecido danificado para promover a cicatrização.
  • Reparo do Tendão: Reconstrução do tendão afetado.
  • Transposição do Nervo Ulnar: Em casos onde há neuropatia ulnar associada, o nervo pode ser reposicionado para aliviar a pressão.

PROAGNÓSTICO E PREVENÇÃO

Com o tratamento adequado, a maioria das pessoas com epicondilite medial consegue recuperar a função normal do cotovelo e retomar suas atividades. No entanto, é essencial seguir um programa de reabilitação contínuo para prevenir recidivas. Modificações nas técnicas de esporte e no ambiente de trabalho, além do fortalecimento muscular, são cruciais para evitar o retorno dos sintomas.

CONCLUSÃO

A epicondilite medial é uma condição comum que causa dor e desconforto significativos, mas pode ser tratada com sucesso na maioria dos casos através de métodos não cirúrgicos. Em situações onde a cirurgia é necessária, as técnicas disponíveis são eficazes para restaurar a função e aliviar a dor. A prevenção, por meio de modificações nas atividades diárias e fortalecimento muscular, é fundamental para evitar a recidiva da condição.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Reece, C. L., Li, D. D., & Susmarski, A. J. (2024). Medial Epicondylitis. StatPearls [Internet]. Treasure Island (FL): StatPearls Publishing.

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